quinta-feira, 18 de março de 2010

Colóquio: "Transição para uma Economia e Cultura Pós-carbono"

INTRODUÇÃO

Vivemos desafios sem paralelo na História da Humanidade.

Na área da energia, cresce o número de especialistas que considera que chegou ao fim, a era dos combustíveis fósseis baratos e abundantes, factor historicamente essencial ao modelo económico dominante, assente na ideia de expansão económica contínua.

Por outro lado, as provas de que vários recursos naturais essenciais à nossa existência no Planeta, como por exemplo, água potável, florestas, biodiversidade, solos aráveis, qualidade mínima do ar, reservas de peixe, clima estável, etc., estão sujeitos a enorme stresse, parecem ser cada vez mais irrefutáveis.

No campo da saúde mental, os dados relativos às patologias mais comuns, ligadas às perturbações da ansiedade e às depressões, sugerem que o modelo económico e social que preside à organização da nossa sociedade, deve ser repensado.

O Modelo de Transição afirma que é sobretudo ao nível local, que encontramos a solução para muitas questões que o Séc. XXI nos coloca. As Iniciativas de Transição são também inspiradas pelos princípios éticos e de design da Permacultura. Elas são a prova que a sociedade civil, os cidadãos comuns, têm em si o poder para responder criativamente e com eficácia, nomeadamente, aos desafios do Pico do Petróleo, das Alterações Climáticas, e da Vulnerabilidade Económica.

Pombal ou a Região de Leiria podem dar o exemplo em Portugal, inspirando outras localidades e as suas gentes, a abraçar a Transição como uma forma positiva de preparar o futuro das próximas gerações, oferecendo resiliência e optimismo, face a choques externos à comunidade.

OBJECTIVOS DO ENCONTRO

Consciencializar as pessoas para os limites aos crescimento,as alterações climáticas e a dependência da nossa Civilização dos combustíveis fósseis abundantes e baratos;

Alertar para a insustentabilidade a médio/longo prazo dos actuais sistemas de produção, distribuição e consumo de bens e serviços;

Identificar factores estruturais de mudança: redução energética, uma nova organização do espaço e das relações territoriais, sociais e económicas;

Sugerir que estilos de vida com menor consumo energético, cuidado com o Ambiente, e sobretuto mais integrados nas comunidades locais, conduzem à subida dos níveis de bem-estar;

Divulgar e sensibilizar para um conjunto de iniciativas em curso de estímulo à mudança de paradigma de desenvolvimento: as Iniciativas de Transição (Transition Towns): porquê, para quê e como?;
Partilhar boas práticas existentes que estão de acordo com espírito da Transição no contexto português;

Discutir a ideia do desenvolvimento de uma Iniciativa de Transição-piloto no concelho de Pombal: que ameaças e oportunidades, a definição de um conceito, a identificação de parceiros, a dinamização de um grupo de trabalho.
Fonte: http://permaculturaportugal.ning.com/