sábado, 31 de outubro de 2009

PORTUGAL: RECORDISTA NA DESIGUALDADE

Na lista dos países com maior fosso entre ricos e pobres Portugal vem em 5º lugar. A classificação é feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Do ponto de vista da desigualdade só Hong Kong (1º), Singapura (2º), EUA (3º) e Israel (4º) estão em situação pior do que Portugal. O coeficiente de Gini que o PNUD atribuiu a Portugal foi de 38,5 (numa escala em que zero representa a igualdade absoluta e 100 a desigualdade absoluta). O PNUD afirma que os 10% mais pobres da população portuguêsa detêm apenas 2% do rendimento nacional, ao passo que os 10% mais ricos detêm 29,8% do mesmo.
A notícia está em Yahoo Finance .
http://resistir.info/
Uma greve postal na Grã-Bretanha é guerra interna

por John Pilger

A luta dos trabalhadores dos correios é tão vital para a democracia quanto qualquer outro acontecimento nacional dos últimos anos. A campanha contra eles faz parte de uma mutação histórica dos últimos vestígios de democracia política na Grã-Bretanha para um mundo corporativo de insegurança e guerra. Se os corsários privatizadores que agora dirigem o Post Office puderem vencer, a regressão que hoje afecta as vidas de todos acelerará o seu ritmo. Um terço das crianças britânicas vive agora em famílias de baixo rendimento ou empobrecidas. A um em cada cinco jovens é negada a esperança de um emprego decente ou educação.

E agora o governo Brown está a uma montar uma "liquidação" de activos e serviços públicos no valor de £16 mil milhões [€18,16 mil milhões]. Não igualada desde a transferência da riqueza pública de Margaret Thatcher para uma nova elite brutal, a venda, ou roubo, incluirá a ligação ferroviária do Túnel sob o Canal, pontes, o banco de empréstimos a estudantes, campos de jogos escolares, bibliotecas e conjuntos habitacionais públicos. A pilhagem do Serviço Nacional de Saúde e da educação pública já estão a caminho.

O ponto em comum é a adesão às exigências de uma minoria opulenta e criminosa revelada pelo colapso de 2008 da Wall Street e da City de Londres, agora resgatada com centenas de milhares de milhões em dinheiro público e ainda não controlada nem com uma única condição restritiva imposta pelo governo. A Goldman Sachs, que desfruta de uma ligação pessoal com o primeiro-ministro, está para dar aos empregados um recorde de pagamento individual médio e pacotes de bónus de £500 mil [€567.568]. O Financial Times agora apresenta um serviço chamado "Como gastá-lo"

Nada disto tem de prestar contar ao público, cujo ponto de vista foi expresso na última eleição de 2005. O New Labour venceu com um apoio que mal chegou a um quinto da população adulta britânica. Para cada cinco pessoas que votaram Trabalhista, oito não votaram de todo. Isto não foi apatia, como pretenderam os media, mas uma greve por parte do público – tal como os trabalhadores postais que estão hoje em greve. As questões são em linhas gerais as mesmas: a intimidação e hipocrisia do poder, contagiosas e não democráticas.

Desde que chegou ao gabinete, o New Labour tem feito o seu melhor para destruir os Correios como uma instituição pública altamente produtiva e avaliada com afeição pelo povo britânico. Não muito tempo atrás, postava-se uma carta em qualquer lugar do país e ela chegava ao seu destino na manhã seguinte. Havia duas entregas por dia e colectas aos domingos. O melhor da Grã-Bretanha, que é a vida comum assumida num sentido de comunidade, podia ser encontrado na agência de correios local, desde as Terras Altas até às montanhas Pennines e as áreas pobres dos centros das cidades, onde pensões, complementos de rendimento, benefícios para a infância e benefícios de incapacidade eram retirados, e os idosos, os inaptos, os incapazes de exprimir-se e os perturbados eram tratados humanamente.

Na minha agência local dos correios, no Sul de Londres, se uma pessoa idosa deixasse de aparecer no dia da pensão, ele ou ela teria uma visita da administradora da agência, Smita Patel, muitas vezes com géneros alimentícios. Ela fez isto durante quase 20 anos até que o governo encerrou esta "tábua de salvação do contacto humano", como a denominou o deputado local do Labour, juntamente com mais de 150 outras agências locais londrinas. Os executivos dos Correios que confrontaram a ira da nossa comunidade numa igreja local – não sabíamos que a decisão já fora tomada – não estavam sequer conscientes de que as Patels faziam um lucro. O que importava era a ideologia, a agência tinha de ir-se. A menção de serviço público trazia confusão às suas caras.

Os trabalhadores postais, tendo este ano duplicado os lucros anuais para £321 milhões [€364 milhões], tiveram de ouvir as lições enganosas de Peter Mandelson, uma figura duplamente desgraçada surgida das trevas do New Labour, acerca da "modernização urgente". A verdade é que o Royal Mail oferece um serviço de qualidade à metade do preço dos seus rivais privatizados, o Deutsche Post e a TNT. Ao lidar com nova tecnologia, os trabalhadores postais têm procurado apenas serem consultados acerca do seu trabalho e o direito de não serem abusados – como o trabalhador postal que foi agredido pelo seu administrado, a seguir demitido enquanto era promovido; e o carteiro com 17 anos de serviço e sem uma única queixa em seu nome que foi despedido sumariamente por deixar de usar o seu capacete de ciclista. Observe o frenesi com que o seu carteiro agora faz as entregas. Um homem de meia-idade tem de correr grande parte do seu caminho a fim de manter um tempo pré-estabelecido e irrealista. Se ele falhar, ele é castigado e mantido no seu lugar pelo medo de que milhares de empregos dependem do capricho de administradores.

Os negociadores do Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação (Communication Workers Union, CWU) definem os executivos como intransigentes e com uma agenda oculta – assim como o Conselho Nacional do Carvão (National Coal Board) mascarou o objectivo estritamente político da Thatcher de destruir o sindicato dos mineiros. O papel de jornalistas colaborativos também permanece o mesmo. Mark Lawson, que pontifica acerca de assuntos pseudo-intelectuais para a BBC e o Guardian e recebe muitas vezes mais do que a remuneração de um trabalhador postal, vociferou uma diatribe estilo Sun em 10 de Outubro. Palrando acerca do triunfo do email e de como o serviço postal era um "espectador" da Internet quando, de facto, ele demonstrou-se como beneficiário comercial, Lawson escreveu: "O resultado [da greve] decidirá se Billy Hayes da CWU será, como [Arthur] Scargill, recordado como alguém que presidiu a destruição da indústria que ele tinha intenção de representar".

O registo histórico torna claro que Scargill e os mineiros estavam a combater contra a destruição maciça de uma indústria que fora planeada há muito por razões ideológicas. Os inimigos dos mineiros incluíam as forças mais subversivas, brutais e sinistras do estado britânico, ajudadas por jornalistas – como o colega de Lawson no Guardian, Seumas Milne, documenta no seu trabalho memorável, O inimigo interno (The Enemy Within). Os trabalhadores postais merecem o apoio de todas as pessoas honestas e decentes, às quais se recorda que podem ser as próximas na lista se permanecerem silenciosas.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Human salvation lies in the hands of the creatively maladjusted.
Martin Luther King, Jr.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Dangerous Minds Deer Hunting with Jesus: Joe Bageant

Richard Metzger interviews Joe Bageant, author of the (excellent!) book, Deer Hunting with Jesus: Dispatches from America’s Class War. Joe offers insight into American redneck culture and tries to explain Birthers, tea baggers and how Republicans have become so infernally adept at convincing working class Americans to vote against their own self-interest, like now, with the health care debate. Do not miss this one. Furthermore do not miss Deer Hunting with Jesus, it’s essential reading if you want to understand the deeply ingrained psychological complexities that make up modern America, whether you are American yourself or not.

Joe Bageant: Corporations, government are dehumanizing us

Dear Joe,

After 56 years or so of watching the "powers that be" in operation, I have come to the conclusion that slowly, but surely, big corporations and the government are dehumanizing us.

I can recall a time when those who dealt with employee relationships were called "personnel departments and employees were referred to by name. The first step was to take away our names and give us "employee numbers", (under the guise of simplifying accounting procedures) so that we would no longer be thought of as a real person. Then it was to change the corporation department that deals with employees from the "personnel department" to the "human resources" department, which takes away our humanity altogether. With time and constant hearing of ourselves referred to in this manner we've come to accept it when we should be screaming at the top of our lungs against it. Even our media, whom I truly believe are on someone's propaganda payroll, refers to us in this manner.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Servidumbres del trabajo


Con el advenimiento del capitalismo disminuyen las posibilidades de obtener botín mediante "hazañas" bélicas o cinegéticas, "a la vez que aumentan, en radio de acción y facilidad, las oportunidades de realizar agresiones industriales (o financieras) y acumular propiedad por los métodos cuasipacíficos de la empresa nómada". Por lo que, desde este punto de vista, no anduvo desencaminado Benjamín Constant (1813) cuando señaló que "la guerra y el comercio no son más que dos medios diferentes de alcanzar el mismo fin: el de poseer aquello que se desea". Siendo directamente medible, en el capitalismo, el botín alcanzado en las "hazañas" (que se vincula al prestigio social) a través de la riqueza pecuniaria acumulada.

Cuando en una sociedad como la nuestra se asocia la respetabilidad de los ciudadanos a su nivel de riqueza, se desata entre éstos una lucha por la "reputación pecuniaria" que crea un estado de insatisfacción crónica generalizada. Pues, como ya Veblen advirtió, dada la naturaleza del problema, es evidente que está fuera de toda posibilidad que la sociedad pueda lograr un nivel de riqueza que satisfaga los deseos de emulación pecuniaria que se han desatado entre los ciudadanos. Si a esto se añade que, con la llamada "sociedad de consumo" se han ampliado y complicado sobremanera las necesidades elementales que reclamaba la supervivencia y encarecido la posibilidad de hacerles frente, tenemos que, al decir de Illich (1992), el homo economicus ha hecho las veces de eslabón intermedio en la transfiguración de la naturaleza humana desde el homo sapiens hacia el homo miserabilis: "al igual que la crema batida se convierte súbitamente en mantequilla, el homo miserabilis apareció recientemente, casi de la noche a la mañana, a partir de una mutación del homo oeconomicus, el protagonista de la escasez.

La generación que siguió a la segunda guerra mundial fue testigo de este cambio de estado de la naturaleza humana desde el hombre común al hombre necesitado (needy man)". La racionalidad parcelaria desplegada trajo consigo la irracionalidad global, así como la paradoja de que la economía, en vez de combatir la escasez, favorece los procesos que se encargan de agravarla y extenderla por el mundo. Escasez que no sólo alcanza a los "bienes" y al dinero u otros tipos de "activos", ¡sino hasta al propio trabajo!. Lo que hace que los individuos estén dispuestos a inmolar su vida al trabajo (penoso y dependiente) con más ahínco que antes. A la vez que se acentúa la jerarquía y la dominación dentro del propio mundo del trabajo, al promover y privilegiar constantemente aquellas tareas que, por ser fuente de "botín", están más vinculadas a la adquisición de la riqueza que a la producción (material) de la misma.

Así, la máquina no ha conseguido liberar a los hombres de las servidumbres del trabajo, sino que éste sigue siendo una fuente importante de crispación que alcanza tanto a los parados, como a los ocupados, y hasta a la llamada por Veblen “clase ociosa”, cada vez más embarcada en la carrera de la “competitividad” y esclavizada por insaciables afanes de acumular poder y dinero, que llevan al presente 'darwinismo' empresarial a hacer del crecimiento una necesidad para la supervivencia.

domingo, 11 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Janine M. Benyus - Biomimicry : Innovation Inspired by Nature

http://www.harpercollins.com/books/Biomimicry-Janine-M-Benyus/?isbn=9780060533229

This profound and accessible book details how science is studying nature’s best ideas to solve our toughest 21st-century problems.

If chaos theory transformed our view of the universe, biomimicry is transforming our life on Earth. Biomimicry is innovation inspired by nature – taking advantage of evolution’s 3.8 billion years of R&D since the first bacteria. Biomimics study nature’s best ideas: photosynthesis, brain power, and shells – and adapt them for human use. They are revolutionising how we invent, compute, heal ourselves, harness energy, repair the environment, and feed the world.
Science writer and lecturer Janine Benyus names and explains this phenomenon. She takes us into the lab and out in the field with cutting-edge researchers as they stir vats of proteins to unleash their computing power; analyse how electrons zipping around a leaf cell convert sunlight into fuel in trillionths of a second; discover miracle drugs by watching what chimps eat when they’re sick; study the hardy prairie as a model for low-maintenance agriculture; and more.
Globalization takes the best and leaves the rest.
-Susan George

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"En defensa del decrecimiento. Sobre capitalismo, crisis y barbarie"

Carlos Taibo

La crisis en curso apenas ha suscitado otras reflexiones que las que se interesan por su dimensión financiera. De resultas, han quedado en segundo plano fenómenos tan delicados como el cambio climático, el encarecimiento inevitable de los precios de las materias primas energéticas que empleamos, la sobrepoblación y la ampliación de la huella ecológica. En este libro se intenta rescatar esas otras crisis, y hacerlo con la voluntad expresa de identificar dos horizontes de corte muy diferente. Si el primero lo aporta un proyecto específico, el del decrecimiento, que cada vez es más urgente sea asumido como propio por los movimientos de resistencia y emancipación en el Norte opulento, el segundo lo proporciona un grave riesgo de que, en un escenario tan delicado como el del presente, gane terreno un darwinismo social militarizado que recuerde poderosamente a lo que los nazis alemanes hicieron ochenta años atrás. En la trastienda se aprecia, de cualquier modo, la necesidad imperiosa de contestar el capitalismo en su doble dimensión de explotación e injusticia, por un lado, y de agresiones contra el medio natural, por el otro.

Carlos Taibo es profesor de Ciencia Política en la Universidad Autónoma de Madrid. Entre sus últimos libros cabe mencionar Rapiña global (Punto de lectura, Madrid, 2006), Sobre política, mercado y convivencia (Los Libros de la Catarata, Madrid, 2006; en colaboración con José Luis Sampedro), el volumen colectivo Voces contra la globalización (Crítica, Barcelona, 2008; en colaboración con Carlos Estévez), 150 preguntas sobre el nuevo desorden (Los Libros de la Catarata, Madrid, 2008) y Neoliberales, neoconservadores, aznarianos. Ensayos sobre el pensamiento de la derecha lenguaraz (Los Libros de la Catarata, Madrid, 2008).

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Iran announced late last month that its foreign currency reserves would henceforth be held in euros rather than dollars.


In a graphic illustration of the new world order, Arab states have launched secret moves with China, Russia and France to stop using the US currency for oil trading

By Robert Fisk The Independent

In the most profound financial change in recent Middle East history, Gulf Arabs are planning – along with China, Russia, Japan and France – to end dollar dealings for oil, moving instead to a basket of currencies including the Japanese yen and Chinese yuan, the euro, gold and a new, unified currency planned for nations in the Gulf Co-operation Council, including Saudi Arabia, Abu Dhabi, Kuwait and Qatar.

Secret meetings have already been held by finance ministers and central bank governors in Russia, China, Japan and Brazil to work on the scheme, which will mean that oil will no longer be priced in dollars.

The plans, confirmed to The Independent by both Gulf Arab and Chinese banking sources in Hong Kong, may help to explain the sudden rise in gold prices, but it also augurs an extraordinary transition from dollar markets within nine years.

The Americans, who are aware the meetings have taken place – although they have not discovered the details – are sure to fight this international cabal which will include hitherto loyal allies Japan and the Gulf Arabs. Against the background to these currency meetings, Sun Bigan, China's former special envoy to the Middle East, has warned there is a risk of deepening divisions between China and the US over influence and oil in the Middle East. "Bilateral quarrels and clashes are unavoidable," he told the Asia and Africa Review. "We cannot lower vigilance against hostility in the Middle East over energy interests and security."

This sounds like a dangerous prediction of a future economic war between the US and China over Middle East oil – yet again turning the region's conflicts into a battle for great power supremacy. China uses more oil incrementally than the US because its growth is less energy efficient. The transitional currency in the move away from dollars, according to Chinese banking sources, may well be gold. An indication of the huge amounts involved can be gained from the wealth of Abu Dhabi, Saudi Arabia, Kuwait and Qatar who together hold an estimated $2.1 trillion in dollar reserves.

The decline of American economic power linked to the current global recession was implicitly acknowledged by the World Bank president Robert Zoellick. "One of the legacies of this crisis may be a recognition of changed economic power relations," he said in Istanbul ahead of meetings this week of the IMF and World Bank. But it is China's extraordinary new financial power – along with past anger among oil-producing and oil-consuming nations at America's power to interfere in the international financial system – which has prompted the latest discussions involving the Gulf states.

Brazil has shown interest in collaborating in non-dollar oil payments, along with India. Indeed, China appears to be the most enthusiastic of all the financial powers involved, not least because of its enormous trade with the Middle East.

China imports 60 per cent of its oil, much of it from the Middle East and Russia. The Chinese have oil production concessions in Iraq – blocked by the US until this year – and since 2008 have held an $8bn agreement with Iran to develop refining capacity and gas resources. China has oil deals in Sudan (where it has substituted for US interests) and has been negotiating for oil concessions with Libya, where all such contracts are joint ventures.

Furthermore, Chinese exports to the region now account for no fewer than 10 per cent of the imports of every country in the Middle East, including a huge range of products from cars to weapon systems, food, clothes, even dolls. In a clear sign of China's growing financial muscle, the president of the European Central Bank, Jean-Claude Trichet, yesterday pleaded with Beijing to let the yuan appreciate against a sliding dollar and, by extension, loosen China's reliance on US monetary policy, to help rebalance the world economy and ease upward pressure on the euro.

Ever since the Bretton Woods agreements – the accords after the Second World War which bequeathed the architecture for the modern international financial system – America's trading partners have been left to cope with the impact of Washington's control and, in more recent years, the hegemony of the dollar as the dominant global reserve currency.

The Chinese believe, for example, that the Americans persuaded Britain to stay out of the euro in order to prevent an earlier move away from the dollar. But Chinese banking sources say their discussions have gone too far to be blocked now. "The Russians will eventually bring in the rouble to the basket of currencies," a prominent Hong Kong broker told The Independent. "The Brits are stuck in the middle and will come into the euro. They have no choice because they won't be able to use the US dollar."

Chinese financial sources believe President Barack Obama is too busy fixing the US economy to concentrate on the extraordinary implications of the transition from the dollar in nine years' time. The current deadline for the currency transition is 2018.

The US discussed the trend briefly at the G20 summit in Pittsburgh; the Chinese Central Bank governor and other officials have been worrying aloud about the dollar for years. Their problem is that much of their national wealth is tied up in dollar assets.

"These plans will change the face of international financial transactions," one Chinese banker said. "America and Britain must be very worried. You will know how worried by the thunder of denials this news will generate."

Iran announced late last month that its foreign currency reserves would henceforth be held in euros rather than dollars. Bankers remember, of course, what happened to the last Middle East oil producer to sell its oil in euros rather than dollars. A few months after Saddam Hussein trumpeted his decision, the Americans and British invaded Iraq.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Follow resistance to Monsanto across the whole world with one simple clic on the region of your choice. A country by country location guide to the GMO invasion.

COMBAT-MONSANTO - Building a world free from Monsanto

Welcome to the new international version of combat-monsanto.org. Now it’s easy for you to view our articles in English, Spanish and French. Our work is going global and citizens of the world can now see the true face of Monsanto.
Within these pages you will find alternative information about Monsanto and the firm’s products: GMO and Roundup, and also bovine growth hormone and Agent Orange.

In the “Protest” section you will find reports from many concerned NGOs and details of their activities. “A world of protest” keeps you informed on protests against Monsanto worldwide.
Finally “The Monsanto System” reveals the firm’s shady methods, describing how it infiltrates public bodies and how it puts scientists under pressure. It also provides a guide to decoding and understanding Monsanto’s propaganda aimed at the public.

Most of these articles precis the information revealed in the documentary “The World According to Monsanto”, an in-depth investigation by the journalist Marie Monique Robin. You can buy the “World According to Monsanto” book and DVD on this website.
De la dioxina a los OGM
Una multinacional que les desea lo mejor

Una crítica demoledora sobre la actividad de la multinacional norteamericana Monsanto, la empresa líder en la producción de alimentos transgénicos (OGM).

«Todos los ciudadanos del mundo deben tomar conciencia de lo que está ocurriendo con la alimentación» (Marie-Monique Robin).



Con una destacada presencia en más de 46 países y unos beneficios impresionantes, Monsanto se ha convertido en la empresa líder de los organismos genéticamente modificados (OGM), así como en una de las compañías más controvertidas de la industria mundial por la fabricación de PCB (piraleno), devastadores herbicidas (como el agente naranja durante la guerra de Vietnam) o la hormona de crecimiento bovino (prohibida en Europa).Desde 1901, fecha de su fundación, la empresa de Missouri ha ido acumulando infinidad de procesos penales debido a la toxicidad de sus productos, aunque hoy se presenta como una empresa de «ciencias de la vida» reconvertida a las virtudes del desarrollo sostenible. Gracias a la comercialización de las semillas transgénicas (más del 90% del mercado mundial), Monsanto no sólo controla una parte importante de la alimentación mundial y la forma en que se produce, sino que pretende extender su poder sobre las formas de vida tradicionales de una parte importante del planeta.Basándose en documentos inéditos, testimonios de afectados y víctimas, campesinos, reconocidos científicos y destacados políticos, El mundo según Monsanto reconstruye la génesis y desarrollo de este gigante industrial, la primera productora mundial de semillas, una empresa que según declaran sus responsables «sólo quiere nuestro bienestar».

Marie-Monique Robin es periodista, documen-talista y directora de cine. Premio Albert-Londres (1995) por sus trabajos de investigación, ha realizado reportajes para los principales canales de televisión de Francia y otros países siempre sobre temas de interés y contenido social. Autora de varios libros, ha rodado más de 50 reportajes en todo el mundo y ha sido premiada en varios festivales de cine documental. Consultora y experta en varios juicios abiertos en América Latina y Europa, sus polémicas y rigurosas investigaciones han suscitado el interés mundial y han sido soporte para muchos procesos penales.

domingo, 4 de outubro de 2009

The Making of the Neoliberal Thought Collective

Edited by Philip Mirowski

What exactly is neoliberalism, and where did it come from? This volume attempts to answer these questions by exploring neoliberalism’s origins and growth as a political and economic movement.

Although modern neoliberalism was born at the “Colloque Walter Lippmann” in 1938, it only came into its own with the founding of the Mont Pèlerin Society, a partisan “thought collective,” in Vevey, Switzerland, in 1947. Its original membership was made up of transnational economists and intellectuals, including Friedrich Hayek, Milton Friedman, George Stigler, Karl Popper, Michael Polanyi, and Luigi Einaudi. From this small beginning, their ideas spread throughout the world, fostering, among other things, the political platforms of Margaret Thatcher and Ronald Reagan and the Washington Consensus.

The Road from Mont Pèlerin presents the key debates and conflicts that occurred among neoliberal scholars and their political and corporate allies regarding trade unions, development economics, antitrust policies, and the influence of philanthropy. The book captures the depth and complexity of the neoliberal “thought collective” while examining the numerous ways that neoliberal discourse has come to shape the global economy.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A formação da mentalidade submissa

por Vicente Romano [*]

O entretenimento
Entreter significa compensar durante um lapso de tempo, as debilidades e carências emotivas e sentimentais. O entretenimento apela aos défices emocionais que, de vez em quando, todos nós temos. É disso que vive esta indústria. Porque o objectivo último do entretenimento maioritariamente proporcionado pelos media de hoje não é o postulado ético da coexistência entre povos e etnias e culturas, mas é antes o de ganhar dinheiro com programas que exploram os mais primitivos instintos (sexo e violência). Quando a aspiração de toda a construção cultural consistiu ao longo dos séculos em refrear e sofisticar estes instintos, hoje em dia, o direito do mais forte limita-se, ao potenciá-los, a contradizer todo o património de avanço cultural e político nos direitos humanos.

Enquanto jogo lucrativo com as emoções de terceiros, o entretenimento torna-se, na realidade, uma questão política determinada pelos meios que se utilizem para o disseminar. Quem diariamente se distrai com o assassinato, a morte, a fraude, a violência bruta, aprende que o direito do mais forte e que o individualismo egoísta prevalecem sobre os direitos humanos, a solidariedade e a cooperação e aprende ainda que a melhor maneira de responder às opiniões contrárias é partir a cara àqueles que as expressem. O simplismo e a rudimentaridade dos punhos, em vez da complexidade e diversidade das opiniões, da força dos argumentos racionais, produz mirones cínicos e não cidadãos democratas, dotados de consciência crítica e sentimentos solidários.

O entretenimento e a diversão das grandes massas das populações e a organização perversa dos seus tempos livres, converteram-se numa das indústrias mais lucrativas e prósperas dos nossos dias. Aproveitando-se das forças produtivas mais modernas, as novas tecnologias da informação e da comunicação, como costumam ser designadas, gera-se uma ampla oferta de organização do tempo livre, entendido como tempo de ócio, de não trabalho. Mas, isto em nada significa que este seja um tempo efectivamente à nossa disposição, ocupado com actividades organizadas e dirigidas por nós mesmos. O que se passa é que esta indústria utiliza, na projecção dessa e doutras ilusões, todas as formas de cultura popular: histórias, desenhos animados, discos, cassetes, jogos de vídeo, programas de rádio e de televisão, cinema, revistas ilustradas, acontecimentos desportivos, concertos e festivais de pop e de rock, fascículos, livros promovidos pelos reclames comerciais, etc., etc. Existe uma enorme quantidade de produtos para iludir as pressões e angústias da vida quotidiana, para a evasão através do jogo e do entretenimento, para tentar, enfim, satisfazer esperanças e desejos secretos.

Esta exploração interessada das necessidades humanas de entretenimento, de descanso, de distensão cumpre uma outra função importante: abstrair da sua realidade as grandes massas da população, algo que deve entender-se também no âmbito da manipulação ideológica e da formação da mentalidade submissa. E, não obstante, encontra-se muito arreigado o mito de que a diversão e o lazer são neutrais, carecem de pontos de vista orientados e existem à margem dos restantes processos sociais. No fim de contas, que pode ter de mal seleccionarmos o programa que mais nos agrade, a estância balnear que a carteira nos autorize, ou os video-jogos com que se entretêm os nossos filhos, enquanto nos poupam, aliás, a ter de aturá-los e responder às suas perguntas? Se dermos, porém, uma olhadela, ainda que superficial, aos conteúdos, não tardaremos em descobrir o negócio da violência que se empenha em projectar a ilusão de um "oeste selvagem", nas fitas de cowboys, por exemplo. Um "oeste" que já por volta de 1875 bem tinha desaparecido, mas de que ainda hoje continua a alimentar-se a fábrica de sonhos de Hollywood. Ou o negócio do terror, do sexo, da pornografia, a chirichia das revistas cor-de-rosa ou os supostos debates (magazines) da hora da sobremesa. A própria guerra e a morte são convertidas em diversão. Quem pára o suficiente para pensar no sentido existente por trás do facto de que as pontes e edifícios que voam pelos ares, os choques de comboios, os saltos do décimo andar, os voos supersónicos do Super-Homem, etc., etc., equivalem apenas a uma burla estética? Hoje em dia, aluga-se inclusivamente público para jogos e concursos junto de lares de terceira idade, escolas primárias ou faculdades. Há adultos, jovens ou crianças, que por dez euros ou um simples lanche e um sumo, estão dispostos a rir ou aplaudir de cada vez que a produção os mande fazer uma coisa ou a outra.

Vivemos a cultura do simulacro.

A cultura popular já não é feita pelo povo. Como salienta Herbert Schiller, "a rede da cultura popular que relaciona entre si os elementos da existência e que fixa a consciência geral daquilo que existe, do que é importante, do que está reciprocamente ligado, converteu-se, primordialmente, num produto manufacturado". Esta cultura, que pode perfeitamente designar-se por "cultura dos media", impregna a mentalidade e contribui decisivamente para a formação da opinião da maioria, uma vez que esta não dispõe, na verdade, de qualquer outra fonte de informação. A UNESCO estima que, hoje em dia, 85 por cento dos serviços culturais do mundo são veiculados pelos meios de massas, especialmente pela televisão. Os seus conteúdos e programas proporcionam reiteradamente a quem os vê chaves interpretativas e hierarquias de valores na nossa sociedade, bem como indicações sobre como proceder para atingir o sucesso e a felicidade, como educar os filhos, como deve o casal fazer amor, etc., etc. Estes materiais formam, doutrinam, estimulam a ambição e o lucro pessoais e propagam a ideia de que a natureza humana é imutável. Negam, enfim, a viabilidade de outras formas de organizar a vida e a coexistência humanas.

O êxito da indústria do entretenimento assenta nas expectativas do público. O espectador espera do televisor o prazer, a diversão, o desafogar das tensões, da mesma forma que da máquina de lavar espera roupa limpa e do frigorífico alimentos frescos. Ao mesmo tempo que subsistem, bem longe desta indústria, aquilo que são as naturais necessidades de lazer e de actividade livre das dos seres humanos e das grandes massas populacionais por eles constituídas, necessidades que ainda não se precisaram devidamente e que qualquer programa político emancipador deverá ter bem em conta.